quarta-feira, 16 de junho de 2010

A influência da copa na economia local.




Apaixonados por futebol, investem para se sentir mais próximo do evento

É exatamente às 11h de sexta-feira (horário de Brasília), dia 11 de junho de 2010, que começa a Copa do Mundo na África do Sul, quando a seleção desse país e do México irão se enfrentar. Jogadores, técnicos e a população do país-sede se prepararam durante os anos anteriores para fazer um grande espetáculo.

Do outro lado, espectadores também se organizaram para acompanhar cada lance. No Brasil, não poderia ser diferente. Mas, muito mais do que apenas ligar a TV, o rádio ou acessar a internet, o povo conhecido por ser “apaixonado por futebol” colocou a mão no bolso para se sentir mais próximo do evento.

Uma compra aqui, outra ali...

Em função do torneio, 16 milhões de camisas da seleção brasileira serão vendidas, bem como 900 mil bandeiras, 684 mil bonés, 663 mil cornetas e 50 mil itens para decoração. Esses produtos têm um preço mais em conta, mas o brasileiro não quer saber de economizar não.

É por isso que a estimativa da Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Rio de Janeiro) ainda aponta a venda de 480 mil home theaters, 420 mil sofás, 65 mil celulares com TV e nada menos do que 6,5 milhões de televisores em todo o Brasil.

Somente em São Paulo e no Rio de Janeiro, uma em cada dez pessoas disseram que iam comprar uma televisão para a Copa do Mundo. E essa procura se traduziu em preços mais baixos: queda de 3,42% entre janeiro e maio e de 7,29% nos últimos 12 meses, o que foi provocado, também, pela maior concorrência e pelo surgimento de novas tecnologias.

A procura por televisores foi tanta que, em algumas lojas, as vendas praticamente dobraram. Até o momento, Extra e Ponto Frio já registraram alta de 110%. Na primeira quinzena de maio, o Carrefour registrou uma alta de 80%. O Magazine Luiza, por sua vez, aguarda um crescimento de 50%.

... E a Copa gera gastos

No Rio de Janeiro, os consumidores chegarão a gastar R$ 264 por conta dos jogos da Copa na África do Sul, segundo estimativa da Firjan (Federação das Indústria do Estado do Rio de Janeiro). Essa estimativa é para aqueles que se dizem “extremamente tensos” com as partidas.

Com esses gastos, os torcedores fluminenses terão injetado R$ 864,9 milhões na economia do Rio de Janeiro, sendo R$ 78,6 milhões da classe A, R$ 273,6 milhões da B e R$ 512,7 milhões da C. Com decoração, os moradores da capital do estado devem gastar R$ 59,22 em média, segundo a Fecomércio-RJ.

Em São Paulo, por sua vez, um em cada três paulistanos disse que ia adquirir um produto devido à Copa do Mundo, mas quase ninguém pretende contrair um empréstimo ou financiamento por conta disso.

No comércio popular da Rua 25 de Março, em São Paulo, os itens para a ocasião variam de R$ 2 a R$ 100.

Onde comprar?

Além do comércio popular, os brasileiros também aderiram aos shoppings para realizar compras para a Copa. Tanto é que o varejo do setor espera uma alta de até 35% nas vendas, concentrando as vendas em bonés, camisas, camisas da seleção, acessórios e tênis.

Os demais nichos do varejo, como o de vestuário, calçados, entre outros, têm expectativa de crescimento de 8% nas vendas.

E o consumidor recorreu também às compras virtuais antes da Copa. Em maio, mês que antecede o do início do mundial, o número de visitas a sites de eletrônicos e eletrodomésticos cresceu 77,78%, frente ao mesmo período de 2009.

Segundo a e-bit, as boas vendas da Copa do Mundo em 2010 devem seguir o exemplo da competição anterior, realizada na Alemanha em 2006, quando o comércio eletrônico registrou um crescimento de 76%.


Fonte: Infomoney.


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