domingo, 5 de outubro de 2008

Direito tem, quem direito anda.





Recebi um texto por email de muito bom tom.

A seguir ele,

De mãe para mãe...

'Vi seu enérgico protesto diante das câmeras de televisão contra a transferência do seu filho, menor infrator, das dependências da FEBEM em São Paulo para outra dependência da FEBEM no interior do Estado.

Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela transferência.

Vi também toda a cobertura que a mídia deu para o fato, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação que você, contam com o apoio de

Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONGs, etc...

Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender o seu protesto.

Quero com ele fazer coro.

Enorme é a distância que me separa do meu filho.

Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo.

Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família.

Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha, para mim, importante papel de amigo e conselheiro espiritual.

Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num assalto a uma vídeo locadora, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.

No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério da periferia de São Paulo...

Ah! Ia me esquecendo: e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranqüila, viu? que eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá na última rebelião da Febem.

No cemitério, nem na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante estas 'Entidades' que tanto lhe confortam, para me dar uma palavra de conforto, e talvez me indicar 'Os meus direitos!'

Faça circular este manifesto! Talvez a gente consiga acabar com esta (falta de vergonha na cara)inversão de valores que assola o Brasil.

Direitos humanos são para humanos direitos !!!


Texto retrata bem a inversão de valores que nós estamos vivendo. Para ter se uma base, hoje o Brasil gasta cerca de 1400 reais por ano para manter um detento preso, enquanto um aluno em seus primeiros anos de formação escolar custa para os cofres públicos cerca de 450 reais. Três vezes menos que o detento, ou seja, se investir mais na educação com certeza estaremos economizando dinheiro, além de ter uma população alfabetizada, e com educação. Aliás há um estudo da ONU que a cada 1 dolar investido em educação, economiza 3 dolares em saúde, 7 dolares em previdencia social, 9 dolares em carceres,e 19 dolares em outros setores.

O disparate é gritante, enquanto isso no Brasil, gasta-se 3 vezes mais no sistema penitenciário que já está defasado e lotado, enquanto a educação pública está sucateada, com professores desmotivados, consequentemente despreparados.

Estão praticamente compactuando com a inversão de valores.


1 Comentou. Comente você também.:

Anônimo disse...

AEEEEE
Assino embaixo! E tenho dito! hahahaha =D
PArabens Godinhoo..seus textos estão cada vez mais ineressantes! =*
AI que orgulhoooooooooooooo HAEUheuaHUEAheauheuaHEu!
AMO DEMAAAAAAAAAAAAAAAIIIIIIS
Beijos da sua Babi