terça-feira, 3 de junho de 2008

Amazônia Brasileira é do Brasil, obviamente.



Voltou ao noticiário a questão ambiental mais importante para nós brasileiros e para o Mundo também, A Amazônia. Obvio que é terra brasilis cobiçada por meio mundo, porém, mesmo que não consigamos ainda tomar conta de nossas fronteiras é inegável o direito que temos sobre ela.

Al Gore, que virou defensor do meio ambiente depois de "perder" as eleições americanas , ganhador do premio nobel do meio ambriente, chegou a declarar que amazonia devia ser patrimonio mundial como Antártico. Insinuou ainda que o Brasil não consegue tomar conta da mesma.

Difil é ler isso de uma pessoa que julga defensora do meio ambiente, mesma pessoa que disse entender o porque dos EUA não assinar o Protocolo de Kyoto, estranhamente defende o interesse dos EUA, onde os mesmo conseguiram distruir 96% de todas suas reservas naturais. Agora miram para a Amazonia.

Amazonia esta com o solo infértil sem a vegetação que lá reina, porém dona de uma riqueza incalculavel em minérios por baixo de suas secas terras, segundo estudos preliminares, detentora também de uma das maiores jazidas de petróleo. Sem contar a riqueza vegetal, donde já descobriu milhares de remédios com a eminente matéria prima que a floresta fornece.

Enfim, volta e meia esse assunto será especulado, o que nos resta é defender o que é nosso. E o Governo Federal deveria tomar medidas mais drásticas para evitar o desmatamento e o que vem ocorrendo hoje que é a compra de enormes lotes da selva para estrangeiro, com a desculpa de que compra pra cuidar da mata.

Falando nisso, sempre é bom lembrar do texto conhecido de Cristovam Buarque, que em setembro de 2000, em Nova York, ao ser questionado por um aluno, sobre o que pensava sobre a internacionalização da Amazônia, e que esperava uma resposta humanista de Cristovam, o mesmo respondeu da seguinte forma:


De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade.

Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da Humanidade.

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniam o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza especifica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o pais onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa.


(*) Cristovam Buarque, 58, doutor em economia e professor do Departamento de Economia da UnB (Universidade de Brasília), foi governador do Distrito Federal pelo PT (1995-98). Autor, entre outras obras, de "A Segunda Abolição" (editora Paz e Terra).




Sempre que leio esse texto , fico embasbacado.

Sensacional.


2 Comentou. Comente você também.:

Anônimo disse...

Estou com os dedos malucos para comentar nesse texto hahahahhaaha só que tenho mil duvidas ainda pra tirar aqui nesse pc =/ Hunf.
Fds acho q dá pra vir com tudo discutir isso onlinemente, sem o preé requisito de namorada mala,aliás colocarei codinomes para meus comentários serem lidos com seriedade HAHAHAHA zuera gordo! =)
Saudade ...
é bom esse blog, que dá pra eu te deixar recadinhos no pc da escola..
Te amo! ;*
Meijos!

Anônimo disse...

Aluga logo essa porra e faz um contrato de uso por uns 30, 40 anos. O Brasil não consegue tomar conta disso mesmo, é melhor alugar