Esses dias estava pensando coisas tolas, quando comecei a ler sobre tecnologia.
Falava sobre a facilidade que a tecnologia nos trás, hoje podemos ver filmes de qualidade no celular, podemos viajar, e ele dar o caminho exato de nossa viagem, não erraremos mais o caminho.
Ah podemos ver TV no próprio celular também, sem contar com a geladeira de última geração que vem com uma televisão de plasma em sua porta, com acesso a Internet, e pasmem, você poderá fazer compras em algum hipermercado on-line, por ali, com poucos cliques e um cartão de crédito.
As escolas estão adotando computadores em seu aprendizado, e você não aprende a brincar no computador, ele vai ajudar a você escrever.
É nítido e notório que a tecnologia veio para nos auxiliar, hoje o tempo parece que passa mais rápido, então a tecnologia a princípio veio como facilitadora, para termos mais tempo, e aproveitar mais a vida.
Porém viramos escravo dela, hoje há a necessidade de ter o celular top de linha, se não, você não consegue usufruir dos serviços prestados por sua operadora. Televisão também, enfim, eletrônicos que pipocam no mercado , numa velocidade imensa.
E pensando exatamente nisso, fico um pouco com saudade de uns 10, 12 anos atrás quando ainda era comum troca de correspondências, não tínhamos emails e então um dos modos de comunicação eram as cartas, que chegavam manuscritas e com aqueles selos bonitos.
Em épocas natalinas, chegava aos montes cartões de familiares, desejando prosperidade, e sempre tínhamos boas surpresas, com aquele parente de longe que lembrou de você esse ano e mandou o cartão escrito em uma letra difícil de entender.
Hoje não, hoje recebo no máximo emails, recados de orkut, mas deve fazer alguns bons anos que não recebo cartas. Cartões de natal? Alguns ainda, daquele tio que não é adepto a Internet, e ainda gosta de escrever cartões para a família. Porém isso hoje é a minoria,, todos estão na velocidade virtual e acabam por não dar valor as coisas realmente importantes. Álias, você mesmo,quando foi a ultima vez que escreveu uma carta?
Viagens? Hoje viraram roteiros logísticos, antes, errava um caminho numa mata e você acaba por descobrir uma praia deserta linda, com areia branca e sem movimento algum, ou descobria uma sorveteria de esquina com um sorvete muito bom, hoje já saímos de casa com um roteiro traçado até as paradas nos postos, necessidade fisiológicas programadas.
A comunicação é bem mais fácil hoje, mas penso que meus filhos não receberão mais cartas de seus amigos, suas paquerinhas não mandarão flores, e sim cartões musicais com desenho delas, não irei mais a reuniões de pais e mestres dele na escola, será tudo por conferências virtuais, seus boletins pegarei na Internet por um código.
Estamos deixando de ser humanos, aos poucos, estamos ficando mais escravos da tecnologia, e no começo da década de 60, diziam que ela ia tirar nosso emprego, mas não, hoje nos aliamos a ela, e sabe-se lá como será num futuro próximo.
Podem pensar, que isso é uma visão romântica, e concordo com esse romantismo, porém eu cresci no final dessa época romântica, e é dificil acostumar com a tecnologia até nesses pequenos detalhes.
Ah, a figura que abre esse texto é de Mafalda, que foram produzidas entre 1964 e 1972.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Saudade das cartas escritas...
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Tecnologia
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